sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Educação e emprego prioridades para Timor em 2011

Timor pode não ter ainda boas estradas, electricidade ou fornecimento de água constante, mas o primeiro centro comercial (Timor Plaza) de Timor-Leste está quase concluído.

Embora tudo se concentre na capital Díli (na foto) que em termos tecnológicos está a crescer a olhos vistos, dois terços da população vive nas montanhas, tendo como único sustento a agricultura, vivendo numa ilusão eterna no que às promessas governamentais diz respeito.

"Gastar, gastar, gastar" - em áreas específicas - é a palavra de ordem para 2011, com base na riqueza oriunda do petróleo e com um orçamento de Estado de cerca de US $ 1 bilião, um aumento progressivo relativamente a anos anteriores (US $ 262 milhões em 2006).

É, sem dúvida, uma aposta forte do governo, seguindo os conselhos do economista Jeffrey Sachs, de visita à ilha durante o ano de 2010. O governo terá uma tarefa árdua, provar que o plano estratégico de desenvolvimento para os próximos 20 anos não será um fiasco e prová-lo igualmente aos possíveis “Velhos do Restelo".

A organização La'o Hamutuk já advertiu para o excesso de poupança, tornando desta forma insustentável uma possível catástrofe, com os fundos a esgotarem-se de uma forma prematura. A situação em Timor-Leste encontra-se agora estável, desde a independência em 2002, e a expectativa é grande por parte da população. Agora é necessário investir forte na educação e emprego e colocar em segundo plano a segurança.

As forças de segurança das Nações Unidas chegaram a Díli em 2006 para acabar com os conflitos internos, resultando na fuga de 150.000 pessoas.

Quatro anos depois as forças locais retomaram o controlo na maior parte do território - e há uma grande pressão para que em Março de 2011 dominem em definitivo, com vista às eleições gerais, marcadas para 2012.

A preparação para as campanhas eleitorais já começou e ainda subsistem dúvidas sobre possíveis coligações. De momento há o Conselho Nacional de Resistência Timorense, de Xanana Gusmão e a FRETILIN , de Lu Olu.

Embora ainda haja um longo caminho a percorrer, Timor-Leste está a aprender com os erros do passado e a colocar as expectativas da população no topo das prioridades, isto é, manter a paz no território, obter apoios ao nível empresarial, tanto local como internacional.

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